Ibirapitanga indica: mais organizações que ocupam o 25 de julho

Conceição Evaristo no lançamento da Casa Escrevivência, julho de 2023 |
Confira outras atividades promovidas pelas organizações apoiadas pelo Instituto Ibirapitanga em torno do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.
Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba
A organização realizou no dia 16 de julho a 5ª edição do Buyìn Dudu: Recontando Nossas Histórias. Evento que reconta, celebra e ecoa as histórias e trajetórias de mulheres negras que movimentam as estruturas em seus territórios.
Casa Escrevivência
No dia 20 de julho, Conceição Evaristo inaugurou a Casa Escrevivência, espaço que reúne todo o acervo da escritora e outros itens que fazem parte de seu acervo pessoal, na região da Pequena África, no centro do Rio de Janeiro. Uma das atividades da semana de lançamento da Casa foi a live História que meus livros não contam, um bate papo entre Flávia Oliveira e Conceição Evaristo.
Casa Sueli Carneiro
O texto “Por um tempo feminino”, publicado no livro Escritos de Uma Vida (2018), foi destaque da Casa Sueli Carneiro no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No texto, a filósofa e ativista Sueli Carneiro discute os desafios das novas gerações no enfrentamento ao racismo e à misoginia, questiona o lugar das mulheres brancas e como as novas gerações podem construir um tempo feminino.
CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade
Em nota oficial, o CEERT trouxe o histórico do 25 de julho e abordou a 11ª edição do Julho das Pretas. Destacou também que até o fim de 2021, mais de 40% das mulheres negras estavam subutilizadas no mercado de trabalho, segundo dados do Radar Ceert. Também no contexto do Julho das Pretas, o CEERT, em parceria com a MUCUA, organizou o encontro Aquilombe, com a escritora Cida Bento, a CEO da MUCUA, Benilda Brito, e mulheres negras representantes de diversas instituições.
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
Na terça-feira, a CONAQ lançou com um vídeo a campanha “Onde tem floresta em pé, tem mulher”, uma iniciativa entre Oxfam BrasiL, CONAQ, Conselho Nacional de Saúde e Movimento Interestadual de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu. A campanha surge como um mecanismo de enfrentamento do racismo ambiental por meio de mulheres negras que estão na linha de frente na defesa dos povos, territórios e comunidades tradicionais, buscando fortalecer as organizações lideradas por mulheres negras e o debate sobre justiça racial, gênero e acesso à terra e aos recursos naturais.
Criola
Na data, a organização denunciou os efeitos cruéis do racismo com uma ação das integrantes da equipe de Criola para expor a crescente violência contra mulheres negras.
Fundo Agbara
A programação do Julho das Pretas de 2023 do Fundo Agbara contou com apresentações musicais, mesas de conversas e apoio a eventos presenciais. Durante três semanas consecutivas, o fundo realizou encontros online com conteúdos e trocas sobre temas de grande importância para o bem viver das mulheres negras.
Instituto Marielle Franco
Representando a organização, a diretora executiva, Lígia Batista e a coordenadora de incidência, Fabiana Pinto estiveram em Bogotá, Colômbia, no dia 25 de julho, em uma agenda em celebração conjunta com o Ministério da Igualdade Racial e de parlamentares negras do Brasil, no Encontro Internacional de Mulheres Afrodescendentes: Tecendo Desde a Raiz, a convite da vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez. Nessa mesma data, mas em 2017, Marielle Franco falou qual era o significado desse dia e de ser uma mulher negra. A então vereadora faria 44 anos no dia 27 de julho, memória que será celebrada com o lançamento de sua fotobiografia nesta quinta, no Centro de Artes da Maré.
Nós, mulheres da periferia
A organização está marcando esta semana com diferentes conteúdos. Ao longo da semana, a videorrepórter Mariana Oliveira está contando a história de mulheres especiais do Brasil, começando pela sambista Jovelina. Em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, o Nós, mulheres da periferia celebrou as comunicadoras negras, que assumiram a missão de contar ao mundo histórias cotidianas, por um jornalismo livre, verdadeiramente democrático e diverso. No infográfico “A mulher negra no Brasil em números”, a organização evidenciou com dados o quanto as mulheres negras ainda estão em uma condição de empobrecimento e risco de vida no Brasil.