Ibirapitanga indica: conhecimento em torno da Lei de cotas

Márcia Lima, do Afro-Cebrap, no seminário "10 anos da Lei de Cotas: resultados e desafios" |
Por que é importante termos cotas raciais além das sociais? A entrada de cotistas diminui a qualidade das universidades? Quem é contra cotas e o que um olhar sobre seu perfil revela sobre sua posição? O que as pesquisas e levantamentos de dados estão dizendo sobre a realidade das cotas e das políticas de ação afirmativa na academia?
No último ano, o debate sobre a Lei de cotas reacendeu, em função dos 10 anos de sua promulgação, trazendo novamente à tona perguntas que já foram respondidas, numa tentativa de deslegitimação a partir da desinformação sobre a política. No entanto, há também nesse contexto esforços para responder a outras e necessárias perguntas, voltadas ao conhecimento e ao avanço da lei.
O Ibirapitanga indica cinco conteúdos recentes produzidos por organizações apoiadas pelo Instituto que incluíram dentro de suas estratégias a produção e disseminação de conhecimento sobre o tema.
PARA ENTENDER AS QUESTÕES CENTRAIS
10 perguntas para entender a primeira década da Lei de Cotas
Em linguagem acessível e utilizando infografia, o Consórcio de Acompanhamento das Ações Afirmativas 2022, iniciativa conduzida por Afro-Cebrap e o GEMAA/IESP-UERJ, responde a 10 perguntas sobre a importância da Lei de cotas.
O material foi lançado no seminário “10 anos da Lei de Cotas: resultados e desafios”, realizado no dia 11 de agosto, no Museu Afro Brasil. Na ocasião, foram apresentados os resultados da pesquisa do Consórcio, que contou com a participação das universidades UERJ, UFBA, UFMG, UFRJ, UFSC, UnB e UNICAMP.
Glossário Ações Afirmativas
O glossário que explica os conceitos centrais sobre cotas e ações afirmativas é uma das publicações do espaço do Consórcio de Acompanhamento das Ações Afirmativas 2022 no Nexo Políticas Públicas.
A seção do Consórcio na plataforma acadêmico-jornalística é coordenada por Afro-Cebrap e o GEMAA/IESP-UERJ. Conta com outros artigos e conteúdos baseados em pesquisas sobre o tema, realizadas por pesquisadores de diferentes universidades.
PARA SE APROFUNDAR
Quem são os anticotas?
O boletim é resultado da pesquisa “Quem são os anticotas no Brasil?”, por meio da qual o Observatório da Branquitude mapeou discursos, argumentos e perfis de atores brasileiros histórica e publicamente avessos às cotas raciais no ensino superior. O material é organizado em três dimensões – imprensa, intelectuais e poder legislativo.
“Quem são os anticotas no Brasil?” é uma pesquisa voltada a colaborar com a qualificação da agenda encampada pela sociedade civil organizada e tomadores de decisão no fortalecimento da política de cotas raciais.
Pesquisa sobre a implementação da política de cotas raciais nas universidades federais
Esta pesquisa resulta do acordo de cooperação técnico-científica entre a Defensoria Pública da União e a ABPN – Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as, firmado para o desenvolvimento de atividades voltadas à defesa dos direitos da população negra e ao enfrentamento do racismo.
O relatório da pesquisa busca contribuir para a defesa do aprimoramento da Lei de cotas, considerando sua eficácia no combate às desigualdades raciais e sociais na educação. Apresenta dados levantados junto às universidades federais no período de 2013 a 2019.
Sistematização de argumentos sobre a Lei de cotas
A sistematização realizada pela ABPN – Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as conta com a análise de 75 textos, entre reportagens, notícias e artigos publicados no formato online, entre junho e novembro de 2021.